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Atuações d@ Psicólog@ (III)
Olá amigos, tudo bem com vocês?  Já estamos encerrando essa primeira fase... passou tão rápido que nem parece que tivemos tanto tempo juntos rs. Bom hoje falaremos um pouquinho sobre a atuação do psicólogo em algumas áreas, são elas: clínica, jurídica e hospitalar. Esperamos que gostem e possam entender um pouco mais sobre elas.


Psicologia Clínica
            Nós psicólogos somos profissionais que lidamos com pessoas, sendo uma tarefa muito difícil, pois o ser humano tem uma complexidade infinita. Na pratica clinica nós lidamos com a individualidade de cada pessoa, dessa forma devemos separar o que é nosso e o que é do outro, sendo de extrema importância que nos coloquemos como paciente, para depois se tornar o profissional da escuta. Dessa forma, faz-se necessário que nos abstemos de todo pré-conceito (ideia preconcebida), afim de que possamos compreender o outro em sua totalidade, não misturando com nossos ideais, origens e costumes. Nos despindo de toda ideia, passando a tornarmos uma tábula rasa, para que possamos fazer uma melhor analise, sem interferência do nosso meio. O tratamento requer paciência, empenho, não ocorre do dia para o outro, é tudo um longo e eficiente processo, e como sabemos todo processo ocorre em etapas. A escuta é a nossa maior ferramenta de trabalho, independente da abordagem. Enquanto psicólogos, jamais podemos ter um julgamento, não devemos ter um olhar crítico, condenador. Necessitamos escutar a pessoa, entendê-la e compreender o que ela busca. Estudo, análise pessoal e a supervisão são elementos que fazem parte do cotidiano do psicólogo.
            A psicologia clínica abrange uma imensidão de coisas.  É, portanto, uma profissão que engloba a avaliação psicológica, o aconselhamento, a orientação vocacional e a psicoterapia. O psicólogo clínico possui a especificidade de aperfeiçoar aspectos interpessoais e intrapessoais, além dos aspectos relacionados à história de vida do paciente, como o comportamento familiar ou social. A Psicologia Clínica também é adequada ao tratamento das psicopatologias e os psicossomáticos (que são doenças/sintomas orgânicos com causas psicológicas), assim como seus respectivos diagnósticos e terapêuticas. Na prática clínica podem-se desenvolver atividades de psicoterapia individual ou coletiva, atendendo um público variado, desde bebês até idosos. Pra tal, o psicólogo deverá utilizar uma abordagem psicológica, estando as técnicas e métodos vinculados a essas abordagens. As atribuições do psicólogo clínico vão de um viés preventivo ao curativo, redução das situações de risco e a melhoria da qualidade de vida. Dessa forma, sabe-se que uma das ferramentas mais importantes do psicólogo no âmbito clínico (e em todos os outros) é a escuta. Pois é através dela que buscamos compreender, sem julgamentos e com confidencialidade, os desejos, problemas e queixas emocionais trazidos pelo cliente. E a partir de cada história de vida, desenvolvemos um plano terapêutico específico.
                                                          


A Psicologia Hospitalar.

A Psicologia Hospitalar é um ramo da Psicologia que tem como principal objeto de estudo a saúde mental do paciente internado em alguma instituição de saúde, geralmente hospitais, seja em enfermarias ou UTIs. O psicólogo hospitalar atua dentro dos hospitais atendendo pacientes e familiares, estes que por sua vez, acabam ficando muito tensos, apreensivos, muitas vezes não podem acompanhar o paciente que está em emergência, ficando muito tensa no contexto hospitalar. Tem toda uma pressão, associação psicológica, por exemplo, a pessoa que vai para a CTI, estando constantemente associado a morte, por ter o entendimento de que a pessoa que está lá se encontra em uma situação muito grave. Sendo que não necessariamente é isso, o paciente que está lá, necessita de uma cuidado maior, sendo que por este motivo está numa ala diferenciada.

            Alguns dos lugares onde a presença desse profissional é indispensável são em quartos, enfermaria, CTI, centro cirúrgico. Quadros delicados de doenças, cirurgias de alto risco, diagnósticos inesperados e falecimentos de entes queridos podem ser o estopim para distúrbios mentais que necessitam acompanhamento profissional e atendimento psicoterapêutico.
O Trabalho com a família, que está ali desesperada, sem saber o que fazer, como lidar com o paciente, como lidar com a questão hospitalar. Sobretudo destaca-se o papel do psicólogo com o paciente, qual está ali fora de sua rotina, fora de seu contexto social,  muitas vezes sem saber o que tem, e quais serão os passos tomados dali em diante, tem uma repleta mudança em sua vida, tendo de se adaptar em uma nova rotina, esses fatores interferem diretamente no estado da pessoa, incluindo também sua doença.  
O psicólogo hospitalar tem que dar voz ao paciente, ouvi-lo atentamente e aplicar o diagnóstico correto para minimizar seu sofrimento. O profissional da área é de suma importância dentro dos hospitais, podendo fazer toda a diferença na recuperação e qualidade de vida do doente. Ele examina o paciente para emitir laudos que ajudem a equipe médica a compreender sua condição mental e a melhor maneira de lidar com o diagnóstico, quais rumos de tratamento seguir.



Psicologia Jurídica 


            Começaremos aqui, tratando um pouco sobre um breve histórico da Psicologia Jurídica. No final do século 19, surgiu a psicologia do testemunho (início dos testes psicológicos). No Brasil, na década de 1960 surge o psicodiagnóstico na área criminal. Entretanto, nessa sabe-se que nessa época todo tipo de crime cometido era relacionado com doença mental, portanto quem cometia crimes era julgado como portador de doença mental, sendo que o papel do psicólogo da época era única e exclusivamente salientar esse “ problema “ do individuo infrator, dando laudos que afirmavam sua doença mental. Hodiernamente, isso já é ultrapassado, estudos da analise psicologia da criminologia demonstram que não há relação direta entre a doença mental e o crime, mesmo que sejam crimes hediondos e graves, a pessoa que o cometeu não necessariamente tem qualquer tipo de doença. Portanto, atualmente a história é outra, não é mais esse papel do psicólogo lá dos anos 60, qual cabia a produzir laudos dizendo qual era a doença mental que os criminosos tinham, inclusive adolescentes em conflitos com a lei, eram considerados portadores dessa.
            Voltando a uma análise histórica, temos em 1986, o primeiro curso de especialização em psicologia jurídica no Brasil. E seus principais campos de atuação eram: No direito civil : (a vara de família -divórcio, - regulamentação de visita. -Disputa de guarda.) e temos também a vara de direito da criança/adolescente: atuando no processo de adoção, destituição do poder familiar, e de atos infracionais. Além de que atuava em dano psíquico e interdição. No direito penal, o capo do psicólogo era a saúde mental (LEP- lei de execução penal de 1984, que foi modificada em 2000). Há também aqui, a Psicologia do testemunho (falsas memorias e depoimento especial) e a Pericia Psicológica, além da vitimologia. No direito do trabalho nós temos a atuação nos danos psicológicos, aqui entram doenças como depressão e atualmente a luta pela consideração da fibromialgia.
            Em suma, existe uma confluência entre psicologia e direito. O perito e o assistente técnico dão suporte as partes. Estes são profissionais do Juiz, qual pode solicitar vários tipos de perícia, um conhecimento específico que foge da área do direto para subsidiar (contribuir) melhor em uma decisão. Recorrendo aqui a laudos médicos, a engenheiros e psicólogos, entre outros. Dentro da conclusão do perito, o assistente técnico avalia o material e emite seu parecer em favor da parte pala qual ele defende. Esses papéis então são importantes para garantir dentro do processo judicial a possibilidade da justa medida da decisão do juiz.
            O juiz pode decidir por ele próprio, não necessitando e qualquer apoio de um psicólogo. Quando nos referimos a psicólogo forense é aquele que atua dentro do tribunal de justiça, enquanto que psicologia jurídica é um termo mais amplo, o psicólogo pode estar dentro de vários lugares, nas mais áreas do direito.
            Afinal de contas, quem fala verdade ou mentira ? Surge então a psicologia do testemunho, que começou no início do século XX, foi esquecida e só retornou no final do século XX e inicio do XXI, dentro das pesquisas da neurociência e da neuropsicologia. Sobre a análise do testemunho, nós temos quatro objetos de estudo: Estuda o crime, o criminoso, a vítima e o controle social. Nesse sentido a psicologia fornece importantes considerações para avaliação do testemunho e para subsidiar a decisão dos juízes.
            Em 1970 temos o psicólogo atuando dentro das varas de família do tribunal de justiça do Estado de São Paulo. Entretanto, sabe-se que bem antes disso, lá por 1920 alguns psicólogos já estudavam psicopatas dentro da colônia do RJ. Temos 4 áreas da Psicologia Jurídica, são elas: Psicologia Forense, Investigativa, Criminal e Penitenciária.

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