Psicanálise
Saudações, psiconautas!
Como tem passado a sanidade mental nesses
tempos de corona vírus? Se já estão subindo pelas paredes, “Freud explica!” e
se “tudo vai bem, obrigado”, “Freud explica também!” ,Rs. Nesse momento de
confinamento social entramos em contato com o desconhecido em nós; aquilo de
que tentamos desviamos o olhar e esquecer como podemos; aquilo que julgamos
feio e imoral e que sempre que possível dizemos ser do outro. O sótão que
jogamos todas as memórias dolorosas e os desejos inaceitáveis, uma hora pode
começar a criar ratos e insetos, e então precisamos lidar com aquele monstro e
os esqueletos espalhados pelo chão; olhar pra ele e reconhecê-lo como parte do
que somos, um dos moradores que habitam nossa psique. Esse sótão simboliza o
Inconsciente, “o grande mistério do mundo”, e a atitude corajosa de irmos até lá
com uma lanterna e olhos bem abertos é o processo psicanalítico.
Sigmund Freud é um
personagem e tanto na história e sua influência até os dias de hoje é marcante
no modo de pensar ocidental. Criador da Psicanálise, a “primeira força” da psicologia,
que é um estudo centrado na investigação do Inconsciente: onde vivem as pulsões
e desejos humanos, é o “fogo” na ignição do nosso comportamento, sem que
tenhamos consciência deles diretamente; isto é, sabemos sobre esses impulsos
inconscientes somente na medida em que eles emergem à consciência na forma de
representações e emoções. Seu funcionamento acontece de acordo com o Princípio
de prazer: descarregando a energia psíquica da maneira mais rápida e fácil, tão
logo haja o menor acumulo, e disso resulta o prazer. O sistema inconsciente é
um lago profundo de desejos amorais e contraditórios, que ao emergirem à
consciência passam pelo Princípio de realidade, que pode avaliar se a
realização do desejo é possível e conveniente.
A Psicanálise é uma
forma de terapia que entende que o sofrimento tem como origem o conflito entre
as demandas inconscientes e a realidade externa consciente. A prática clínica
varia muito de acordo com cada caso, mas no geral, o paciente expressa tudo
aquilo que lhe vem à consciência, fazendo associações livres, falando sobre
seus sonhos e fantasias. O analista escuta atentamente, buscando reconhecer os
mecanismos de defesa que previnem o paciente de se tornar consciente de seus
desejos. O analista então mostra essas defesas ao analisando que pode as
desarmar e entrar em contato com o material inconsciente.
“E a Psicanálise, é
ciência ou não é?”. No início da formulação dessa disciplina Freud tentou até
fundamentá-la com bases na Física, mas logo percebeu que isso não seria
possível. Essa sua tentativa, no entanto, nos mostra que ele tem boa estima da
ciência. Alguns dos motivos pelos quais a psicanálise não é científica, segundo
padrões mais rígidos, são: o uso de metáforas; o fato que qualquer fenômeno
pode ser explicados dentro do modelo por diferentes interpretações; e a inerente
impossibilidade de separação entre sujeito objeto, já que o inconsciente mora
profundo dentro do ser humano. Por outro lado, pouco alívio pode ser trazido a
uma pessoa ao pensar que sua depressão é simplesmente um desequilíbrio químico,
pois essa linguagem não conversa diretamente com a subjetividade do sujeito,
que fala em termos de: “perda de um ente querido”; “desilusão amorosa”; “falta
de sentido na vida”, e assim vai tão infinitamente quanto são as possibilidades
de experiências humanas possíveis. No final das contas, a psicanálise é eficaz
em aliviar o sofrimento humano e isso já foi mostrado por diversos estudos
científicos.
Adorei o Blog tem coisas mto interessante, a psicologia existencial me chamou atenção pois é fundamental aprender a lidar com os problemas do dia a dia para conseguirmos viver bem .
ResponderExcluirOlá! Excelente a contribuição de vocês. Realmente Freud explica Rsrs... O mais difícil é conseguir olhar pra dentro de nós!
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