Psicologia Jungiana

• Piscologia Jungiana

Olá pessoal, tudo bem com vocês ? Hoje vamos tratar um pouquinho sobre Jung e alguns dos conceitos criados por ele. Abraços, e não vemos a hora de estarmos juntos outra vez ^^ .

Carl Gustav Jung (1875-1961), foi um psiquiatra suíço que a partir de 1913 firmou sua divergência com relação a teoria freudiana, assim fundando a Psicologia Analítica.  Essas divergências iniciaram quando Jung publicou, em 1912, seu livro “Transformações e símbolos da Libido”. Na obra, Jung contesta os princípios da análise de Freud sobre a grande influência que os traumas sexuais deixavam na vida humana. Por outro lado, Freud não admitia que os fenômenos espirituais fossem usados por Jung como fonte de estudos. Todavia, Carl seguiu seu caminho e destacou-se no uso de técnicas de estudos dos desenhos e dos sonhos. Ambos relacionados ao inconsciente humano. Escolheu psiquiatria pelo motivo de compreender o biológico e o espiritual cientificamente.

No começo de sua amizade com Freud, Jung possivelmente assumiu uma postura de aprendiz perante ele, haja visto que este era mais velho e já tinha feito publicações expressivas, como “A interpretação de sonhos”, livro que o levo a querer conhecê-lo pessoalmente. Freud, por sua vez, considerava-o como um prodígio, e com capacidade intelectual incrível. Chegou a afirmar que Jung era seu “príncipe herdeiro”. O relacionamento dele com Freud acabou de vez, em 1913, quando publicou a “Psicologia do Inconsciente” no qual faz alguns argumentos contra as ideias de Freud. 

Esse rompimento com a Psicanálise, permitiu a Jung elaborar e reestruturar novos conceitos, como o Arquétipo, elementos antigos cuja função era criar as condições para a compreensão da alma humana e o ‘inconsciente’. O inconsciente junguiano é imanente com material inconsciente genuíno, ou seja, o inconsciente transcende o próprio sujeito e se caracteriza como inconsciente coletivo, que congrega e sintetiza a cultura humana que se manifesta de modo peculiar em cada ser humano. Dividindo o inconsciente em pessoal e coletivo. O inconsciente pessoal é tudo aquilo que já foi consciente, entretanto está esquecido ou reprimido. Tudo aquilo que o ego não suporta é transferido da consciência para o inconsciente pessoal. Este, por sua vez, desempenha um papel de grande importância na produção dos sonhos.

Segundo Jung, o inconsciente coletivo difere do pessoal (individual), que ele considera mais superficial e acessível, sendo composto por uma tendência à sensibilização de elementos como imagens e símbolos. Outro fator para ele é que o inconsciente individual se encontra num mais profundo que não se origina na experiencia pessoal, já que é inato e coletivo e por isso sendo de natureza universal.

Ele divide o desconhecido em dois grupos: o do mundo interno; e o desconhecido do mundo externo. O interno é o denominado inconsciente, que em sua visão, é o mundo escondido, desconhecido de cada pessoa, o qual a consciência não tem controle, afetando diretamente nas emoções, comportamentos e atitudes, sem que nossa consciência tenha noção. Ele compactua da ideia de que o inconsciente gera o consciente. 

No que se refere ao filme vemos que Nise da Silveira, (1905-1999), uma psiquiatra alagoana, inovou o tratamento para as pessoas com problemas mentais e, em especial, para aquelas com esquizofrenia, com base na arte, no afeto e no convívio com animais em substituição a métodos dolorosos. Para enriquecer seu trabalho, estudou jung e outros psicólogos .

A luta de Nise nasceu com Movimento da Luta Antimanicomial, e o maior objetivo deste movimento foi a des hospitalização dos pacientes com sofrimento mental, onde denunciava os abusos e violação de direitos humanos sofridos pelos usuários da saúde mental dentro dos manicômios. Essas pessoas muitas vezes passavam por métodos violentos de tratamento, como agressões físicas, eletrochoque e lobotomia.

Uma das conquistas do movimento foi a criação da Lei 10.216/2001, que determinou o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de serviços substitutivos, como o CAPS.
Para nos despedirmos com chave de ouro, deixamos um vídeo que dá uma boa ideia sobre nosso querido Carl Gustav Jung.
Até a próxima!