Senso
comum, Ciência e Psicologia
Somos calouros do curso de Psicologia e faz todo
sentido entendermos do que exatamente trata a psicologia, certo? Por um lado
“psicologia” é uma palavra da boca do povo, está no senso comum, e nessa dimensão, se refere à alguma habilidade ou
maneira de pensar sobre o cotidiano que busca compreender os comportamentos e
motivações humanas. Essa forma de conhecimento é muito prática e intuitiva e é
com ela que agimos no mundo quando vamos ao mercado ou numa roda de amigos. O
senso comum se constitui pelas experiências de vida, pelas histórias que
ouvimos na nossa educação e também pela simplificação e aplicação dos
conhecimentos científicos, filosóficos, psicológicos, religiosos etc.
E a Psicologia, é ciência ou não é? Essa é uma
pergunta polemica! E para pelo menos entendermos essa polêmica vamos definir ciência. A ciência é um conhecimento
sistemático, no caso da nossa ciência ocidental, baseado no método científico.
Esse método baseia-se na observação empírica de eventos e sua análise por meio
da lógica. Na Astronomia observamos os astros e com a matemática podemos prever
seus comportamentos. Existe objetividade:
aqui estamos nós (sujeito), lá estão os astros (objeto de estudo) e com a
frieza matemática todos podem concordar sobre a previsão dos corpos celestes ou
com os nutrientes que uma planta precisa para crescer saudável. Existe uma
clara distinção entre o cientista e seu objeto de estudo.
No caso da Psicologia
sujeito e objeto se confundem e o critério da objetividade fica em risco, pois
o psicólogo é ao mesmo tempo o estudioso e seu objeto de estudo. Ele estuda sua
subjetividade, analisa suas motivações, pensamentos e comportamentos mas isso é
ele próprio. Ele estuda o ser-humano e ao mesmo tempo que é um ser humano. Para
esse tipo de ciência existe o termos “soft-science” que abarca as ciências
humanas. E para as ciências mais “objetivas”, como a Física, “hard-sciences”.
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